“Equilíbrio e pesos honestos vêm do SENHOR; por isso, Ele deseja que a balança seja usada com justiça.” – Provérbios 16:11
A falta de justiça no mundo é uma causa de grande raiva e desespero. Nós vemos a injustiça nos líderes mundiais, no local de trabalho e em casa. Nós a vemos entre os mais desesperados da sociedade e entre os mais privilegiados. Não importa de que forma isso está em jogo, a injustiça sempre chora. O problema da injustiça é um tema popular usado por ateus para argumentar contra a existência de Deus.
Se houver um Deus amoroso e poderoso, como Ele poderia permitir que coisas assim acontecessem? As crianças sofrem, os maus prevalecem e os justos são sufocados. Não é justo! Os julgamentos de Nuremberg são um interessante estudo de caso. A Alemanha nazista cometeu atos inimagináveis contra homens, mulheres e crianças. Quando seus líderes foram julgados por crimes contra humanidade, eles desenvolveram uma defesa interessante. Eles estavam apenas seguindo as ordens de seu ditador, além disso, quem determina o que é certo e o que é errado? Como uma nação soberana, a Alemanha não deveria poder decidir por si mesma? Através destes julgamentos, concluiu-se que existe uma lei mais alta do que as leis criadas por um estado.
Mesmo que estes os oficiais não estivessem quebrando nenhuma lei sob o governo nazista, eles estavam quebrando uma lei maior. Civilizações ocidentais tem que agradecer a Bíblia por sua estrutura legal. A coleção de leis encontradas em Êxodo capítulo 20 é perfeita. Se uma sociedade pudesse seguir esses mandamentos, nós veríamos o paraíso na terra.
Não haveria necessidade de trancar as portas à noite, não precisaríamos mais de trancas, e você não precisa se preocupar sobre perder suas chaves, não haveria necessidade delas! Obviamente, Deus sabia o que estava fazendo. O problema? Nós quebramos a lei. E quando uma lei é quebrada, há sempre um preço. O Dr. Timothy Keller usou o seguinte exemplo; se você estivesse na casa do seu amigo e acidentalmente quebrasse sua lâmpada, não importa o que aconteça em seguida, há um preço a pagar. Você poderia se oferecer para pagar por uma nova lâmpada, seu amigo poderia pagar por uma nova lâmpada, ou ele poderia ficar sem lâmpada. Não importa o que alguém faça, há um preço a ser pago. Nossa ideia de Justiça Olhamos para Dama da Justiça com a vista vendada, sua escala e sua espada e achamos que temos uma boa ideia sobre o que a justiça é. Essa escala deve pesar a força de
oposição e o apoio a um caso dado. Quando há uma injustiça, um crime é cometido, uma lei foi quebrada, os pesos da justiça garantirão que o erro seja corrigido. A grande maioria das pessoas com quem eu converso sobre céu e inferno, imagina que existe algum tipo de escala cósmica no universo, e todos seus atos bons e ruins irão ser pesados. Se as más obras pesam mais que as boas, cuidado. Mas, se as boas obras pesam mais que as más, você está livre.
As pessoas não gostam de pensar sobre a morte iminente, mas se forem forçados, elas geralmente confortam a si mesmas com esse tipo de pensamento. Afinal de contas, olhamos para nós mesmos e não pensamos que somos tão maus assim. Sempre podemos encontrar alguém pior com quem podemos nos comparar. Provavelmente você não é um assassino, contudo mesmo que você seja, provavelmente já fez coisas muitos boas para compensar. Mas isso é justiça? Aquelas escalas estão para pesar a força de suporte vs. a oposição de um caso dado. Em outras palavras, a escala está lá para determinar culpa ou inocência. Esse é um grande problema, porque nós somos culpados! Todos nós quebramos a lei.
Existem circunstâncias extenuantes? Geralmente existem, mas estamos falando sobre justiça, não sobre compaixão. A respeito de justiça pura, a única coisa que importa é se você é culpado ou inocente. Algumas pessoas podem olhar a lei de Deus e dizer, “Eu sou inocente, tenho guardado essas leis desde que era criança, eu sou bom!”. Jesus deu um golpe fatal a esse tipo de pensamento no Seu sermão da montanha. Ele disse, “Eu não vim para destruir a lei e os profetas, Eu vim para cumpri-la.”. Essa era uma linguagem judaica que significava que Jesus estava prestes a ensinar a lei correta e completamente, que foi exatamente o que Ele fez em seguida. Leia Mateus nos capítulos de 5 a 7. A lei de Deus vê a intenção do coração. Se você quebra a lei de Deus em seu coração, você é culpado.
“Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o SENHOR avalia o espírito.” (Provérbios 16:2, NVI).
O apóstolo Paulo disse que todos nós pecamos. Essas são más notícias, mas fica ainda pior. O salário ou recompensa do pecado é... morte!. Vamos para alguns fatos; Deus é perfeitamente Justo. Qualquer um que quebrar a lei precisa pagar o preço (Morte). Se Deus nos perdoar por conta das nossas boas obras, ou por qualquer outra razão, então Ele não seria mais justo, e Ele não seria mais digno de ser chamado Deus. O preço precisa ser pago. Aqui é o momento em que as pessoas ficam iludidas. Pensam que Deus irá comparálas com outros pecadores. Não, esse não é o caso. O único julgamento que Deus tem que fazer é declarar-nos culpados ou inocentes. Um trabalho muito fácil.
Se Deus é Justo, (que Ele certamente é) e nós somos todos culpados, (que certamente somos) então todos nos encontramos em graves problemas. Não temos uma palavra para dizer em nossa defesa no dia do julgamento. Justiça significa que um preço tem que ser pago, e o preço é morte. As pessoas geralmente dizem que nunca acreditarão em um Deus que as envia para o inferno. Isso apenas significa que eles não entendem justiça. Deus não odeia os pecadores, Ele os ama tanto que morreu por eles. Jesus, que é Deus em carne, levou sobre si a punição do pecado, Ele pagou o preço.
“Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; e o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.” (Isaias 53:5, NVI).
O evangelho nos mostra como Deus mantêm seus traços de perfeita Justiça (Romanos 3:21-22) e ao mesmo tempo, expiou nossos pecados. Ele fez isso por causa de Sua graça conosco. É uma dádiva. Tudo que temos que fazer é crer nisso, e se cremos nessas boas notícias, então iremos nos voltar para Cristo e segui-lo, abandonando nossos desejos pecaminosos. Quando vemos a criança sofrer, o mal prevalecer e o justo sufocado, nós clamamos por justiça. Mas quando reconhecemos a real condição de nossa própria alma, então clamamos pela graça de Deus. Felizmente, Deus é um Deus de Justiça, e Ele é um Deus de Graça.
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